Por Clarice Menezes
É verdade que nossas escolas em sua maioria não têm estrutura para o uso mais sofisticado e amplo de tecnologias e estão longe de poder acolher o aluno do século XXI como gostaríamos.
Sou professora da rede pública, na qual venho atuando há mais de 10 anos. Tenho certeza de que se pudéssemos, mudaríamos tudo o que não nos diz mais nada, não só as estruturas dos edifícios escolares, como também o currículo, a gestão e a didática. Mas essa também não é a realidade do momento. Não iremos conseguir fazer todas essas mudanças de uma só vez. Podemos começar, no entanto, transformando nossas práticas, confiando em nosso trabalho e fazendo as modificações que podemos.
Introduzir metodologias mais criativas e aprender a lidar com as tecnologias móveis e as redes sociais já é um passo importante nessa direção.
Por que não tirar proveito desses novos recursos, reinventar nossas práticas e ficar mais próximos do aluno do século XXI ?
Temos um aluno que está constantemente conectado, que desenvolve a colaboração e a comunicação. Que acredita na troca de informações e que gosta de trabalhar com propósitos definidos e com a resolução de problemas reais.
Diante desse aluno, o professor atual assume o papel de mediador, orientador e facilitador da aprendizagem. Uma boa maneira de iniciar uma transformação é permitir que o aluno leve para a sala de aula celulares, tabletes e notebooks.
Os dispositivos móveis são fortes aliados de professores e alunos. Com esses aparelhos é possível fotografar, filmar, ouvir música, usar as redes sociais, mandar emails, assistir a vídeos, gravar áudio, agendar, anotar e escrever. Enfim, uma série de funções e atividades que podemos, pouco a pouco, ir inserindo em nossas práticas docentes.
Usar a tecnologia dentro e fora da sala de aula e planejar estratégias que coloquem o aluno no centro da aprendizagem deixará a experiência mais interativa, dinâmica e estimulante.
Mas a pergunta mais recorrente ainda é: como começar a inserir essas mudanças na prática docente sem causar uma grande confusão?
A melhor tática é começar pelo mais simples, pelo que é de fácil utilização e com o tempo ir aprofundando as experiências. Não há outra maneira de transformar o cotidiano da sala de aula que não seja dando o primeiro passo. Uma coisa é certa, sempre valerá a pena e os resultados serão bem mais gratificantes.
Clarice Menezes, Bacharel em Comunicação Social, esp. em Publicidade e Propaganda pela UGF. Graduada e licenciada em Letras pela UERJ com especialização lato sensu em Teoria e História da Arte, Fundamentos e Práticas Artísticas. É professora da Rede Municipal e Estadual do Rio de Janeiro atuando no ensino fundamental e médio. Autora do blog Memória de Trabalho.
Deixe um comentário